sábado, 2 de junho de 2012

Operação apreende veículos e espingardas

Um caçador foi preso e quatro fugiram; Ibama intensificou o combate à caça predatória das aves no Ceará. Iguatu. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio da Operação Migratórios, intensificou o combate à caça predatória contra avoantes no Ceará. Ontem, em Iguatu, foram apreendidos cinco veículos, quatro motos e um carro Fiat Mille, três espingardas, 120 cartuchos, 200 chumbinhos e cerca de 100 avoantes. Um caçador esportivo foi preso e outros quatro fugiram. Espingardas e munições dos caçadores apreendidas pelo Ibama em Iguatu Foto: Honório Barbosa Neste ano, as aves chegaram mais cedo à região de Iguatu, onde formam pombal de alimentação. A seca que atinge o sertão do Ceará está provocando um deslocamento antecipado das pombas. Em busca de alimento (plantio de sorgo, por exemplo) e de água no entorno das lagoas que banham o município e do Açude Orós, as avoantes são presas fáceis para caçadores esportivos e vendedores. O Ibama mobiliza uma força tarefa com quatro viaturas e 20 fiscais dos escritórios regionais de Iguatu, Sobral, Crato e da Superintendência do órgão em Fortaleza. “A fiscalização é por tempo indeterminado e vamos agir segundo denúncias que nós recebemos”, disse o coordenador de Fiscalização do Ibama no Ceará, Rolfran Ribeiro. “Não estamos combatendo a caça de subsistência, do pequeno produtor, mas a esportiva, com uso de armamentos sofisticados, caros, e a de comercialização”, acrescenta Rolfran. Ontem, foram apreendidas avoantes e apetrechos de caça, além dos veículos usados pelos caçadores que fugiram. O centro da operação foi o entorno da Lagoa de Iguatu, na zona rural deste município. As aves foram doadas para uma creche da cidade. “O caçador preso já foi liberado, mas vai responder por crime ambiental. Os outros serão identificados mediante a documentação dos veículos”, explicou o chefe do escritório do Ibama, em Iguatu, Fábio Bandeira. Os fiscais mostraram-se surpresos com a quantidade de cartuchos e chumbinhos apreendidos. Conivência Rolfran disse que, a partir de agora, os proprietários dos terrenos rurais onde ocorreram apreensão de arapucas e de outros apetrechos de caça da avoante também serão multados e vão responder por prática de crime ambiental. “Em muitos casos, há conivência dos donos das fazendas e essa decisão nova é uma forma de inibir a matança”, frisou. Cada caçador vai ser multado em R$ 500,00. O Ibama atua de forma administrativa em parceria com a Polícia Militar Ambiental e encaminha para o Ministério Público Federal e Estadual os autos de infração e apreensão, que vão resultar em multa e inquérito judicial para apurar prática de crime ambiental. A Operação Migratórios começou na terça-feira passada na região de Sobral, com ações de fiscalização nos municípios de Forquilha e Miraíma. Na região de Iguatu, a cada ano, são incineradas, em média, cinco mil arapucas e apreendidas dez mil arapucas. Honório Barbosa Repórter

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