quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

‘OPERAÇÃO CAIXA PRETA’ JUSTIÇA AUTORIZA QUEBRA DE SIGILOS BANCÁRIOS E FISCAL DE EMPRESAS EM MADALENA.

O juiz Paulo Sérgio Reis, da comarca de Madalena, deferiu medidas liminares em desfavor de 28 empresas envolvidas em fraudes licitatórias no Município. A partir de agora, elas ficam proibidas de serem contratadas pela Prefeitura durante 180 dias. Além disso, foram determinados o bloqueio das contas bancárias, a indisponibilidade dos bens móveis e imóveis, bem como a quebra dos sigilos bancário e fiscal de todas elas. A decisão, publicada em 15 de dezembro, atende a um pedido do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), que vem investigando o caso há cerca de dois meses.
  
Após a análise de documentos apreendidos, constatou-se a existência de provas inequívocas quanto à ocorrência de fraudes em pelo menos 25 processos licitatórios, motivo pelo qual os promotores de Justiça Alessandra Loreto, Igor Pinheiro e André Clark Cavalcante ajuizaram uma Ação Civil Pública (ACP) em novembro de 2014. As licitações são referentes a diversas contratações – locação de veículos e máquinas; fornecimento de combustíveis; aquisição de alimentos e material hospitalar e odontológico; serviços gráficos e de lava-jato. O valor global gasto se aproxima dos R$ 7 milhões. Por conta disso, a Justiça também determinou que o Município realize, em um prazo de 60 dias, novas licitações para substituir as que foram alvo de questionamento judicial.

As investigações sobre o caso continuam e, segundo os promotores, o próximo passo é ajuizar uma ação de improbidade administrativa contra todos os responsáveis pelo esquema de fraudes e formular representação contra o prefeito, Zarlul Kalil, por infração político-administrativa junto à Câmara Municipal para a cassação do seu mandato. Cabe ressaltar que o gestor está afastado do cargo desde novembro por determinação judicial. Naquela data, quando o MPCE e a Polícia Civil deflagraram a “Operação Caixa Preta”, 27 pessoas que ocupavam cargos públicos no Município foram afastadas, incluindo todos os secretários, entre os quais está a primeira-dama, Sandra Kalil, e a ex-prefeita Antônia Lobo Pinho Lima; além de membros da Comissão de Licitação e assessores jurídicos. A duração do afastamento é de 180 dias.
  
O MPCE aguarda, agora, o julgamento do mérito da ACP ajuizada em novembro, a qual pede a declaração de nulidade dos procedimentos licitatórios impugnados, o ressarcimento dos danos causados ao erário, a proibição das empresas de serem contratadas no Estado do Ceará por até 5 anos e o pagamento de dano moral coletivo no valor de R$ 1 milhão.
  
Segue abaixo a lista das empresas investigadas:

 1 - Sigma Locações e Serviços EIRELI-ME. 2 - JT Pereira Moreira-ME; 3 - Maria Liliane Gomes de Sousa-ME; 4 - Gráfica e Editora LTDA; 5 - Antônio Anselmo de Oliveira-ME; 6 - XM Locação de Máquinas e Equipamentos EIRELE; 7 - Araújo e Silva Comércio Varejista de Alimentos LTDA; 8 - CJ Transportes e Construções LTDA; 9 - CVA Engenharia LTDA; 10 - SBA Comunicações LTDA; 11 - LUXUS Comercial Ltda-ME; 12 - R4C Pereira Maltas Construções e Serviços Ltda; 13 - José Eufrásio Lima Batista; 14 - Contabilis Serviços de Contabilidade S/S; 15 - Carlos Cesar Cavalcante Cidrão-EPP; 16 - César Gustavo Jatai Cidrão-ME; 17 - PROHOSPITAL Comércio Holanda Ltda; 18 - PANORAMA Comércio de Prod. Médicos e Farmacêiticos LTDA; 19 - Êxito Produções e Evento LTDA-ME; 20 -F&F Assessoria e Consultoria Administrativa S/C LTDA; 21 - PINHO &LIMA LTDA; 22 - FOX Construções e Locações Ltda; 23 - MPS Serviços, Transportes e Construções LTDA; 24 - EDIÇÕES IPDH - Gráfica, Editora e Serviços Ltda; 25 - AS Alves Bezerra ME; 26 - Distrimédica Comércio de Produtos Médicos e Odontológicos LTDA; 27 - F Edson F Lima Filho Contabilidade-ME; 28 - G&C Transports e Construções Ltda.


Fonte: CEARÁ NEWS 2 VIA MPCE.

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