sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

CRESCE O NÚMERO DE CAMINHONEIROS EM PROTESTO NA BR-116, NO CEARÁ

Já somam mais de 40 os caminhões parados no quilômetro 213 da BR-116, no limite das cidades de Limoeiro e Tabuleiro do Norte, interior do Ceará. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF-CE), o protesto é pacífico. Agentes e caminhoneiros tentam negociar a retirada dos veículos.

Estradas de terra e terrenos próximos estão sendo usados como pátio de estacionamento para alguns caminhoneiros. Mas a maior parte está enfileirada em uma das faixas da via. A PRF-CE pede que os motoristas evitem passar pelo local, usando as CE-40 e CE-35 como rotas alternativas.

Manhã

O protesto da categoria no Ceará começou na terça-feira (24), bloqueando um dos principais acessos a Fortaleza. Na manhã desta quinta-feira , os profissionais autônomos que ocupavam a BR-116, no município do Eusébio, foram notificados de que a Justiça Federal no Ceará determinou a desobstrução da via na tarde de quarta-feira (25). Mas, quatro horas depois, por volta de 14h, começaram um novo bloqueio em Limoeiro do Norte.
O protesto

O protesto dos caminhoneiros autônomos na BR-116, em Fortaleza, começou por volta das 16 horas da  terça-feira, quando cerca de 60 motoristas, principalmente os que chegaram de outros estados, ocuparam os acostamentos do km 12 da rodovia, importante acesso à capital cearense, já que a BR liga o Ceará ao Rio Grande do Sul. Na quarta, o protesto cresceu e a fila de caminhões chegou a cerca de 5 km de cada sentido. Do quilômetro 12 até o 15, o G1 contou mais de 1.300 caminhões parados.

Além de exigirem a redução do preço do combustível, os caminhoneiros reivindicam ainda o aumento do frete e valores recebidos conforme a carga e a distância da viagem feita por eles.

O caminhoneiro Adilson da Rocha, 52 anos, estava estacionado debaixo da Avenida Quarto Anel Viário, no Bairro Pedras, em Fortaleza, desde 16h de terça-feira (24). Segundo ele, a carga de cerâmica já havia sido descarregada, mas mesmo assim, ele diz que terá prejuízos.

"O prejuízo já começou desde que eu parei aqui. A sorte é que a cerâmica que veio de Tambaú em São Paulo já foi entregue. A cada dia parados, nós perdemos dinheiro, mas acho a paralisação uma forma correta de protestar, pois não podemos trabalhar com os preços do diesel dessa forma. Os preços estão altos e é preciso o governo tomar uma providência”, afirmou.

O caminhoneiro baiano Claudimar Rosa que entregou nesta terça-feira uma carga de coco de Barreiras (BA) para Paraipaba, a 94 Km de Fortaleza. “Tive sorte como muitos de já ter conseguido entregar a carga. No entanto, estou parado aqui e já era para estar hoje à noite (quarta-feira) em Barreiras. Pegar outra carga e voltar para cá. Faço várias viagens para poder aumentar o lucro. O valor do frete que recebemos conforme a carga e a distância da viagem é baixa, diminuiu, devido o valor do combustível. Vivemos hoje com apenas 20% do frete”, disse. Ainda segundo Claudimar Rosa a cada dois dias parados ele perde algo em torno de R$ 3 mil.

Reivindicações

Em reunião em Brasília, o Governo Federal se comprometeu a sancionar sem vetos a Lei dos Caminhoneiros, aprovada pela Câmara no dia 11, e a não reajustar o preço do diesel nos próximos seis meses, em contrapartida, exigiu a liberação imediata de todas as estradas.


Do G1 CE

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